Fazer Coaching aos 20 e picos… Que privilégio!
Na fase da vida onde os sonhos são mais que muitos, em que as limitações não nos metem medo (ou não metem muito), onde queremos o mundo, ser felizes e sentimos que nada nem ninguém nos vai parar! Nada nem ninguém nos vai impedir! Nada nem ninguém nos vai convencer que não é possível!
Em 2002, tinha 22 anos e acabado de concluir a minha Licenciatura em Design Visual, tão desejada, tão trabalhosa, tão dura e aquele devia ter sido, o momento mais feliz da minha vida! Mas não foi!
Os meus pais tinham possibilitado um grande privilégio: que eu fosse livre para escolher e tirar o curso superior que eu quisesse! Sei-o hoje, que esta liberdade deixou que eu começasse ali a ser feliz! Essa liberdade permitiu também trazer-me clareza: eu sabia mesmo que curso superior queria tirar! OBRIGADA aos meus pais por isto!
Design Gráfico era o meu caminho! Dede muito pequena que adorava desenhar. Os meus pais, a custo, alimentaram esse sonho, comprando-me todas as semanas um bloco de papel cavalinho para poder desenhar e pintar! 500$ (2,5€ era caro na altura! Era muito caro para eles!)
O melhor presente de aniversário eram canetas de feltro! Embalagem de 12. Sempre quis ter a embalagem de 36, mas essas eram mesmo muito caras. Nunca as recebi! Comprei mais tarde, já depois de adulta e com o meu dinheiro!
Estudar no IADE foi um sonho tornado realidade e só possível graças a muito sacrifício. Entrar no IADE foi uma emoção. Terminar o IADE, nem por isso.
Pelo meio veio a vida e a vida trouxe uma doença grave ao meu pai, com diagnóstico feio e o pior cenário. Sem me alongar em pormenores, só posso afirmar que não desejo a ninguém! O dia em que o curso acabou e todos os sonhos do mundo eram possíveis, não foi a minha realidade. Passados poucos meses de ter conquistado a minha licenciatura, o meu pai morreu. Aos 22 anos eu estava mais perdida do que nunca.
Conheci a Isabel num dos dias importantes da vida da QuestionAr-t. O dia em que gravei o vídeo a apresentar o projecto QuestionA-t e a Agenda (ver o vídeo aqui). Discretamente, ela permitiu que tudo acontecesse, e eu, mal dei por ela! Como retribuição, quis oferecer-lhe uma sessão de Coaching. O objectivo era dar-lhe a conhecer o que era o Coaching, quais as suas potencialidades e como se fazia. A Isabel tinha 23 anos e vibrava na pele e no olhar todos os sonhos do mundo! Grandes sonhos! Queria viajar, escrever, trabalhar em turismo, em medicina chinesa… tudo! Tudo muito! Até a sua baixa auto-estima, era muito! E foi aqui que eu fui lá atrás, aos meus 23 anos. Senti que era a oportunidade de retribuir à vida o que a vida me deu a mim – a possibilidade de ser quem sou e como sou hoje, graças aos altos e baixos.
Naquele momento, senti o quão a minha vida teria sido diferente se alguém me tivesse feito Coaching aos 23 anos!
Gentileza, gera Gentileza e a Isabel aceitou fazer Coaching comigo! Missão cumprida! Agora, voar está nas mãos dela! Vou assistindo, orgulhosa à distância.
Ela deixou-me o seu feedback em vídeo, saindo completamente da sua zona de conforto, aquela zona que nos faz crescer! Foi corajosa e vocês não podem perder!
Gratidão por isso!
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